Outro dia a mãe lembrou da Cláudia, amiga que cresceu na minha rua. Disse que, aos sete, oito anos, ela teve que passar por uma cirurgia do coração e eu, da mesma idade, rezava todos os dias, no quarto, pedindo a Deus que Cláudia melhorasse. Cláudia viveu, e eu, toda alegrinha, fui correndo contar aos outros que as minhas rezas a tinham curado.
Certamente não me lembro dos detalhes, das falas e da empolgação, mas minha mãe contando, fez lágrimas brotarem. Que fé bonita era a minha. Eu só colocava nas mãos de Deus e acreditava.
Deu vontade de percorrer o caminho de volta do passado, só para trazer a fé de lá. Amarrá-la ao pulso esquerdo, junto à fitinha do Bonfim.
Em que parte da vida ficou perdida a minha fé?
Mês passado, Cláudia foi parar no hospital novamente, seu estado era grave. Enquanto todos se acabavam em lágrimas, eu entrei no quarto e rezei, era o que eu podia fazer. Naquela hora, eu sabia que seria atendida, porque a vó sempre dizia que, se é o bem de outra pessoa que se pede em oração, o pedido chega a Deus na mesma horinha. Jamais é esquecido o pedido que se faz de coração.
E Cláudia voltou a sorrir. Do ventre dela nasceu uma menina cheirosa. Só pra lembrar que a gente deve seguir acreditando.
bonito seu novo espaço.
ResponderExcluirabraços
de luz e paz
Ser criança é lindo demais, mesmo. É um acreditar sem fim em tudo.
ResponderExcluirSigo com a minha fé. Que é muita. É diferente de qdo criança. Mas acho que não é menor.
Sigamos todos com fé. A mesma fé que ficou pelo caminho. Ela nos encontra de novo.
Que lembrança linda, a sua, Cris. Fiquei muito feliz pela Cláudia, viu?!
Cheiro.
:*
Encantador é esse seu canto-espaço aqui!
ResponderExcluirestarei aqui sempre para observar suas delicadezas e sua maneira tão singular de falar do que sente com palavras tão encantadas...
um carinho meu,
mell
Chorei lendo esse texto, Cris. Que o tempo, que muda tudo, não nos faça perder a fé. Amém, amém! :)
ResponderExcluirE você é o anjo da Cláudia...
ResponderExcluirBeijos de Luz.