10.6.11

Réquiem para um sonho

Ao longo do tempo, ficou um abraço que eu não pude esquecer. Ficou um silêncio gritado, ficou um sonho virado do avesso. Ficou também um vinco do lado esquerdo da boca, que era a marca do teu riso, ou de quando ficava bravo. Ficou o peito trincado, as mãos doidas de tanto construir e demolir fantasias.


Ficou o asco, a repulsa pelos teus atos insanos, capazes de nocautear e me colocar no chão. Ficou uma dor. Ficou uma dor e uma flor. Ficou a flor, naquele jardim que era tão seu, que continua sendo meu. Ficou uma flor como forma de aviso: Aqui jaz um amor que, de tanto se doar, quase que se deu por inteiro. Mas vive, viverá. Na esperança de olhos mais secos.

8 comentários:

  1. "Na esperança de olhos mais secos."

    Que coisa lindaaaaaaaa, Cris!!!!

    Um beijo!!!

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  2. Nunca li algo mais verdadeiro sobre um sentimento que termina, mas permanece.
    Obrigada por isso.
    Um beijo.

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  3. Ah sá menina, que coisa mais fofa.
    O bom é que ainda vive...


    Deixa viver!
    ;)

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  4. Criiis,

    você tem uma capacidade de escrever coisas lindas por onde vai passando né??

    Te seguindo cá.

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  5. Abraços que grudam no corpo ainda que o outro corpo esteja distante...
    Sei bem como é essa dor, vazia... Mas, cheia de esperanças que desabrocham a cada amanhecer.
    Você escreve lindo!

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  6. Que texto maravilhoso!!!
    Amei!!!!!
    Já estou seguindo o seu blog.
    Quando você puder da uma passadinha no meu.

    Beijoss

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'Que seja doce o que vier. Pra você, pra mim.'