8.2.12

Aqueles dois


Eram mais que laços, eram nós. Eram duas pessoas que se amavam. Que se permitiam risos e abraços. Conversas jogadas fora. Suspiros à luz da lua, juras eternas ao pé do ouvido. 

 Um amor que ensandecia. E suavam. Se amavam. Se davam.  Bebiam o licor dos sonhos e das boas intenções. Queriam-se muito. Se envolviam em abraços ternos. Se despiam de sentimentos duros. Viviam de risos, carinhos e versos.

Aqueles dois, alí, quase impudicos. Embolados no cobertor. Trocando juras, desvendando segredos, tocando em sagrados. Acumulando memórias. Misturando vidas. Bordando carinhos. Tecendo nós. Que não desatam e se confundem. Num só.

Numa tarde eternizada, aqueles dois se encontravam numa estranha harmonia, brilhando ao longe praquela gente que antegozava o fim. Aqueles dois gostavam de burlar os contras. E criavam espaço pra poder se amarem melhor. De uma forma insana e bela. 

Tudo pra eles era azul e de uma paz enorme. E nada o que vinha de fora incomodava. Viviam de amor e cuidados. Sonhos que brotavam debaixo dos travesseiros. Alegrias que se davam. Risos escancarados, beijos trocados. 

Num dia comum, duas pessoas se encontram, se olham, se gostam e se permitem viver uma história. E, lá,  num universo à parte, decidem morar. 

 Aqueles dois.
por Cris Carvalho


7 comentários:

  1. (...) Tecendo nós. Que não desatam e se confundem. Num só.

    Lindo de ler, de sentir!!!

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  2. muito bom seu blog :}
    Estou te seguindo, se puder passa no meu blog para conhecer..
    Um beijão

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  3. Olá Cris!
    Estou passando para conhecer seu blog e me desculpar pela falha ao colocar o nome de Caio F. no seu texto.
    Realmente o texto é lindo... amei!!
    Já mudei... os créditos são seus por direito!!
    Seguindo!
    Beijos!!

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'Que seja doce o que vier. Pra você, pra mim.'